15 de setembro de 2012

Volta?

Ocorreu que perdi a senha do e-mail do bol... Fiz uma que representasse nós dois e ironicamente (ou não...) acabei esquecendo, não teve maneira de lembrá-la.
Estive aí por esses dias, e mesmo sabendo que tu estaria a quilômetros de distância, saia na rua meio arrepiada, rezando pra deus e o diabo: para não ver-te, mas poder dar uma espiadinha.
 
Sabe que precisei fazer uma sessão de exorcismo*?
Depois de uns dias ouvindo música no ônibus, e todo dia a Novo e Velho Aeon me vinha com sessões musicais saudosistas, aquela coisa no peito. Cada vez que ouvia Giz tinha o desespero de te ligar.

Aliás, acabei de ligar, com o coração aos pulos, a boca seca, as mãos trêmulas, rezando (pra deus e o diabo) pra que não atendesses.
E aconteceu: foi outra pessoa...   
Desliguei quase feliz, meio melancólica.

 Mas, dizia eu, que perdi a senha do bol...
Vez ou outra eu penso  se tu me escreveste novamente alguma vez, além daquele recado horroroso de aniversário...
Tive vontade de dizer-te coisas feias, como quando tiveres coragem de acabar com esta porcaria de casamento, essas coisas que não se deve dizer.

Mas, eu vim para dizer-te/reclamar-te/informar-te do meu coração partido, da saudade e do imenso amor que tenho por ti.

Volta a escrever pra mim de novo, volta?






* http://dizdizendo.blogspot.com.br/2011/05/o-enterro-dos-fantasmas.html

 

 

11 de abril de 2012

Final da novelinha*

*Em primeira pessoa...

Acho que foi assim que terminou tudo pra mim: a gente tava conversando e Ela ligou. E vocês conversaram e tu, no final, disse pra Ela “eu te amo” e me olhou.
Tu lembra do dia em que eu fiz A produção de um strip-tease: de saltos altíssimos, passando pela cinta-liga, tudo da cor que tu gosta, com aquela música da Adele.
E tu me deu uma olhada tão, tão, nem sei. Tão devastadora, tão devoradora que o espartilho descosturou inteiro, meu sutiã se abriu e quando eu vi tu já estava lá, me mostrando tudo aquilo dentro de mim...

Foi assim que tu me olhou depois do “eu te amo” pra Ela.
E eu escolhi naquele momento que não deveria te escolher.

Nunca. E foi ali que pra mim morreu.

Na verdade foi ali que decidi que tudo deveria morrer, mas sempre que tu chega tão apressado, tão desesperado me pedindo um beijo eu tenho certeza absoluta de que a melhor coisa a fazer é pular no teu colo e te encher de beijo.

E eu juro que tento controlar todos os meus sentidos sempre que ouço tua voz.
E juro ainda que não quero mais.

E a quem interessar possa, ou caso você queira saber, cada poro meu espera – ansiosamente que abras aquela porta...